Os debates sobre os líderes tem algo em comum, que é a coragem que eles tiveram para tomar decisões corajosas em momentos complicados.
Eduardo Mondlane, abandonou todo o conforto que tinha como funcionário das Nações Unidas, e a vida na maior potência mundial, para vir arquitectar a liberdade de um povo e da terra. No seu tempo e momento fez tudo ao seu alcance para conseguir e teve sucesso. Um pequeno detalhe: podia não ter conseguido mas nunca saberia se não tivesse tentado.
Nelson Mandela, um enorme ser humano e líder que não deixa dúvidas sobre a sua coragem. Foi muito duvidado pelos seus, durante a construção da nação arco-íris, mas teve coragem e tentou fazer as coisas de forma diferente. Por vezes, as falhas podem parecer maiores que os feitos quando na verdade é uma característica humana anular 200 coisas boas por causa de um erro, por mais minúsculo que seja.
Quando Armando Guebuza começou com a construção acelerada de estradas, pontes e edifícios do Estado, surgiu a questão do crescimento da dívida pública. Mas então, em que momento poderíamos crescer como Estado, oferecer alguma dignidade e respeito às Instituições e seus funcionários, se não tivermos coragem de assumir aquilo que precisamos e que podemos arriscar?
Hoje por exemplo, conhecendo o potencial dos bilhões de dólares que os nossos recursos podem gerar, quem não arriscaria investir 1, 2 ou 3 bilhões de dólares em material bélico, equipamento de vigilância, entre outros, para proteger a Nação dos bandidos armados, dos terroristas, e de todos outros esquemas e fraudes que vão surgindo?
Precisamos de ter coragem para colocar o álcool na ferida, coragem para infra-estruturar terra e criar um sistema nacional de distribuição gratuita de terra, pois, a extensão deste País ainda permite distribuir terra para toda camada jovem, mediante termos e condições bem explícitas que garantam até a participação em investimentos futuros, e assim gradualmente vamos empoderando os moçambicanos.
Precisamos ter coragem para garantir o crescimento do País nas suas diversas áreas geográficas, deixando com que cada área cresça por si sem necessidade de muita intervenção externa.
Precisamos ter coragem de pegar nos jovens com visão, firmeza e compromisso, para assumirem posições de impacto na Nação. Precisamos esquecer os prémios de consolação de redes sociais e abraçarmos os jovens com enorme potencial, jovens que estão preparados para a academia e para a vida.
Hoje, a média de idade em vários governos no mundo tem estado a baixar, e isso acontece principalmente nas nações onde a qualidade de vida tem sido levada com enorme seriedade. Na Europa, jovens entre os 30 até aos 40 anos tem gerido governos de muitos países, e na verdade até o nosso País, que todos amamos foi triunfalista e bem dirigido por jovens dos 20 aos 40 anos, logo após a independência, e o País não falhou, continuou firme e em construção continua.
É preciso coragem de apostar na juventude, não com um discurso de engajamento, mas sim com transição geracional, e agora mais do que nunca, esta aposta deve ser acelerada, para não continuarmos a correr sempre atrás do prejuízo. Mas também não podemos escolher jovens que não dignifiquem a verdadeira característica de UM JOVEM!
Não podemos continuar a ser os últimos no processo da globalização!
A luta continua!
Yassin Amuji





