A Independência de Moçambique.

Celebrar a Independência deve constituir, sempre, um motivo de orgulho. Contudo, à medida que o orgulho se impõe é necessário olhar para os nossos desafios: presentes e futuros. Ou seja, o que somos e o que podemos ser nos próximos anos.

Para mim, fundamentalmente, temos de apostar na educação, na saúde, no desporto, na agricultura e no turismo. Temos também de ser suficientemente empreendedores para tornar mais robusta a nossa economia. Se educação, saúde e desporto garantem-nos um país predisposto à encarar os seus desafios; o empreendedorismo dar-nos-á condições para tornar o essencial possível. Onde há uma criança a correr desgarrada deve existir uma bola, uma escola e um posto de saúde.

A agricultura é das principais actividades do povo moçambicano, e para ser sustentável, não só para as famílias, mas também para atingirmos a independência económica, ela deve ser mecanizada para superarmos as necessidades internas e exportarmos.

O turismo por sua vez é das actividades que mais cresce no mundo, contemplando uma cadeia de valores que cresce dia a dia, sendo possível comercializar quase tudo para o turista. Para o turista, podemos vender nossa arte, nossa cultura, nossa tradição, nosso entretenimento, e muito mais.

Temos também de esquecer o espírito da guerra e embainhar a espada. Com 45 anos já não somos crianças para embirrar por tudo e por nada. Já não somos adolescentes para andar aos socos e nem jovens para pensarmos somente no nosso umbigo. Somos adultos o suficiente e temos a responsabilidade de criar um País em harmonia com o bem estar e a justiça social.

Os nossos objectivos devem para isso se virar. Para o desenvolvimento, para o enriquecimento e para a diminuição de assimetrias. Nenhum homem, nenhuma formação política e nenhum grupo de homens têm o direito de não lutar por isso.

Nós, os mais jovens, temos de fazer aquela pergunta básica: Não o que o País fez por nós, mas o que nós vamos fazer por ele? É nisso que devemos reflectir para celebrar a nossa existência enquanto país. A nossa luta comum, independente de religião, raça ou cor partidária, é o desenvolvimento.

A luta continua!

Yassin Amuji

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